Doença Metabólica

Por que engordamos ao envelhecer? E se o processo não tiver controle?

Nosso cérebro não reconhece o envelhecimento do corpo. Assim, a fome dos 60 anos é a mesma dos 30 anos.

Com a queda do metabolismo pelo envelhecimento, ao longo do tempo sobram mais calorias não queimadas. Isso aumenta a transformação dessas calorias em reservas, gorduras e outros metabólitos que progressivamente nossos sistemas têm mais dificuldade para eliminar do organismo.

A doença metabólica se confunde, então, com alterações do envelhecimento: aumento da pressão arterial, obesidade central - a gordura visceral abdominal responde mal à insulina, fazendo nosso corpo aumentar bastante a produção de insulina para controlar a glicemia, levando à exaustão, queda tardia da produção de insulina e diabetes; aumento dos triglicerídeos, que se deve tanto à entrada de carboidratos como também a uma queima "menor" pelo sedentarismo/metabolismo mais baixo; hiperglicemia, secundária à resistência insulínica da obesidade, à abundância de calorias, a uma queima menor de energia; e, finalmente, colesterol elevado, também decorrente do excesso de calorias que se transformam em reservas.

Outras consequências tardias da doença metabólica são o diabetes melito, o infarto do miocárdio, aterosclerose e obstrução de artérias das pernas, doença renal, acidente vascular encefálico. Discute-se se alguns tumores, como o de cólon, têm relação com a abundância de calorias. Outras doenças degenerativas como as síndromes demenciais - a mais notória é a doença de Alzheimer, também estão relacionadas, mas novamente há confusão entre o que é causado pelo envelhecimento sem fatores metabólicos e o que se deve ao excesso acumulado de substrato.

A orientação é simples: redução da ingestão alimentar, quer seja espontânea ou auxiliada com medicamentos ou cirurgia como a bariátrica, aumento da atividade física dentro de limites que o seu corpo envelhecido consiga fazer sem se lesionar. E viva bem, seja feliz, viaje, porque a vida realmente é uma só!